Convidamos a crítica argentina Carla Maglio e o crítico e  realizador Pablo García Canga (diretor de Por La Pista Vacía, exibido na mostra Horizontes) para refletirem sobre diferentes possibilidades do cinema hoje, do ponto de vista da realização e da crítica. Junto a equipe responsável pela curadoria dos longas e médias internacionais, encabeçada por Cauê Dias Baptista e Luiz Afonso Morêda, da direção artística do festival, e Carolina Azevedo, programadora do Estranhos Encontros, vamos investigar maneiras não convencionais e fora das estruturas de mercado em relação a produção e realização de filmes, pensando maneiras de sobrevivência e de invenção.

Participantes

Carla Maglio: professora de História pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires, onde também atua na área de Pesquisa. Foi programadora do Festival CineMigrante e produtora geral do Doc Buenos Aires. Com frequência, publica alguns de seus textos sobre cinema no no viste nada. Colaborou com meios como La Fuga (Chile), Con los ojos abiertos (Argentina) e El Cine Probablemente (México), além de ter participado do volume coletivo El folio en blanco. O cómo imaginar una hipotética antihistoria del cine, coordenado por Carlos Losilla.

Pablo García Canga: diplomado em Direção de Cinema pela Fémis, em Paris. Dirigiu vários curtas e médias-metragens, entre eles Para Julia (2004), De l’amitié (2018), La nuit d’avant (2019), Por la pista vacía (2022) e Tu trembleras pour moi (2023), além de um longa-metragem, Las Tierras del Cielo (2023). Foi roteirista de longas e curtas de cineastas como Ángel Santos, Santos Díaz, Gonzalo García Pelayo, Luis E. Parés e Miguel Ángel Pérez Blanco. Fez parte do comitê de seleção do Festival Punto de Vista e também programou no Círculo de Belas Artes de Madri. Escreveu em revistas como Lumière, Détour, Foco, Fidback ou Sofilm España, e traduziu os livros Amistad, el último toque Lubitsch (Samson Raphaelson) e El Greco, cineasta (Sergei Eisenstein). Escreveu um livro dedicado a Yasujirō Ozu, Ozu, Multitudes (Athenaica, 2020), e participou de diversos livros coletivos. Também ministrou aulas de cinema na escola SUR.

Cauê Dias Baptista (Diretor Artístico, Estranhos Encontros): Mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP na área de História, Teoria e Crítica, com pesquisa sobre Jacques Rivette. Programador de cinema, com passagem pela Cinemateca do MAM-Rio, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, além de ter organizado mostras em parceria com a Cinemateca Brasileira e com o ArtRio. Foi sócio na produtora Filmes de Amor, com trabalhos exibidos em festivais como Rotterdam e o FIDMarseille. Fundou a produtora Pena Capital, onde atua até hoje como produtor, diretor, montador e roteirista, com trabalhos exibidos em festivais como IndieLisboa e Edinburgh International Film Festival. Como realizador, teve seu último trabalho, o curta-metragem Noite Veloz, exibido na competição do Festiwal Kamera Akcja e do Beijing International Short Film Festival. É professor de roteiro na Academia Internacional de Cinema e diretor artístico do Estranhos Encontros. 

Luiz Afonso Morêda (Assistência de Direção Artística, Estranhos Encontros): sócio da produtora Pena Capital, onde atua como produtor e realizador. Seu último filme, o curta-metragem Dias e Noites, teve estreia na competição do Janela Internacional de Cinema do Recife e na competição internacional do IndieLisboa, além de ser exibido no Edinburgh International Film Festival. Foi colaborador da Revista Vertovina. É assistente de direção artística do Estranhos Encontros.

Carolina Azevedo (Programadora, Estranhos Encontros): jornalista, com reportagens publicadas na Folha de S.Paulo, no Le Monde Diplomatique e no UOL. Crítica de cinema filiada à Abraccine, com publicações pela Cinemateca do MAM-Rio e pela Revista Multiplot. Editora-chefe da Revista Vertovina. Programadora do Estranhos Encontros.